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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Alergia à proteína do leite de vaca: dicas e receitas práticas Diferente da intolerância à lactose, a APLV exige uma dieta totalmente restritiva e com atenção especial aos





Muito semelhante às alergias mais comuns e facilmente reconhecidas, a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma reação imunológica do organismo que identifica essas substâncias do leite como “invasoras” e a atacam. Esse processo alérgico pode desencadear uma série de reações, que nem sempre são apenas gastrointestinais e podem aparecer até mesmo dias depois do consumo dos alimentos
A identificação dessa alergia alimentar é mais recorrente ainda nos primeiros anos de vida “e o paciente geralmente perde a alergia ainda na infância”, explica a médica alergologista e membro da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) Dra. Renata Cocco. Apesar dessa ocorrência ser a mais frequente, porém, ainda há casos mais “graves, que podem se estender até a adolescência e muito raramente até a segunda década de vida”.
Por conta do maior índice de registros da APLV na primeira infância, alguns estudos apontam que uma das causas possíveis dessa deficiência imunológica pode estar relacionada à ingestão prematura de leite de vaca — causada até mesmo pelos nutrientes transmitidos pela mãe durante a amamentação.
Sintomas e diagnóstico da alergia ao leite





As reações provocadas nos alérgicos a leite, por poderem aparecer até uma semana após o consumo do produto, não são facilmente associadas à deficiência imunológica. Além dos sintomas gastrointestinais, que incluem a presença de sangue nas fezes, vômito e regurgitação, também podem ser notadas urticárias, dermatites, edemas e problemas do sistema respiratório, como rinite e tosse crônica.
A partir da percepção de um padrão na ocorrência desses sintomas, associado à falta de explicações que possa atribuí-los a outras doenças, o diagnóstico prossegue com uma análise da história clínica e, em alguns casos, testes laboratoriais específicos.
Dentre os exames mais frequentes estão o prick test, no qual se faz furos na pele no paciente para que haja contato dos antígenos com a corrente sanguínea, e os testes de provocação oral, que consiste em “ofertar o alimento, sempre sob supervisão do médico experiente, que avaliará possíveis sintomas relacionados”, detalha a alergologista.
Apesar dessas possibilidades, os exames ainda não são totalmente eficazes para o diagnóstico, uma vez que podem entregar resultados falseados por fatores externos, como o uso de medicamentos. Até por isso, o teste de provocação oral tende a ser mais fiel, principalmente se for aplicado mais de uma vez e por profissionais que tenham competência para avaliar as reações do paciente, descartando chances de efeitos placebo.
Convivência e tratamento da APLV









nfelizmente, ainda não há tratamento que cure a APLV rapidamente, fazendo-se necessária, por isso, a restrição total do consumo de leite na dieta, “bem como em produtos que possam conter proteínas do leite, inclusive de cosméticos e medicamentos”, alerta Renata. O ideal é que a suspensão desses produtos seja também acompanhada por um médico especialista, que poderá avaliar o melhor momento para iniciar uma reintrodução alimentar e como proceder para que as reações sejam minimizadas.



Por conta dessa suspensão, Fernanda Amorim, nutricionista e professora do Centro Universitário Celso Lisboa do Rio de Janeiro, explica que é importante tomar cuidado para que se adote uma dieta com um bom equilíbrio vitamínico, tanto no caso de mães que amamentam alérgicos que se alimentam exclusivamente de leite materno quanto no caso de pacientes em outras fases da vida. “O leite de vaca (assim como os seus derivados) é fonte de cálcio, fósforo, vitamina D e tiamina, por exemplo”, lista a profissional.
Para evitar a deficiência desses nutrientes, Fernanda aconselha que sejam consumidos todos os outros grupos alimentares, com maior atenção para “frutas, vegetais verde-escuros e leguminosas, que são fontes de cálcio, vitaminas do complexo B e vitamina C”. Além disso, também é importante aumentar o estímulo do organismo em produzir vitamina D, porque assim a absorção de cálcio e magnésio é favorecida. Esse propósito pode ser atingido a partir da ingestão de ovos, sardinhas, atum e alguns cogumelos, “além, da exposição solar controlada, no início da manhã, por aproximadamente 10 a 15 minutos, cerca de três vezes por semana”, indica a professora.
Combinado à alimentação balanceada, outro hábito se faz necessário: o de ler rótulos. Essa é a única forma de prevenir o consumo indesejado de alimentos que possuam traços de leite ou alguma das dezenas de variações de suas proteínas.
E a Intolerância à Lactose?

Foto: Getty Images
Por se tratar de uma resposta do organismo ao consumo de leite de vaca, a APLV pode ser facilmente confundida com a intolerância à lactose, principalmente se não houver esclarecimento sobre essa deficiência imunológica. Como os próprios nomes já sugerem, as doenças são totalmente diferentes, apesar de alguns de seus sintomas poderem coincidir.
“A intolerância ocorre pela deficiência de enzimas específicas que digerem a lactose, principal açúcar do leite”, define a alergologista Renata Cocco. Essa condição é mais comum em adultos e se manifesta exclusivamente por reações gastrointestinais, como distensão abdominal, gases em excesso e diarreia.
A alergia à proteína do leite de vaca, por sua vez, possui uma variedade de sintomas, que podem ser somados ou não e se manifestam de diferentes maneiras em cada paciente. É importante lembrar também que ela aparece em decorrência de um processo imunológico em desequilíbrio e não pela dificuldade de digestão.
Atenção aos rótulos!






Foto: Getty Images
Quando a dieta restritiva do leite é a solução para os seus problemas, é preciso também suspender o consumo dos seus alimentos derivados e tomar maior cuidado com outros produtos industrializados que possam ter qualquer traço das proteínas, como pães, cremes, salgadinhos e bolachas, por exemplo.
Dessa forma, a alergologista recomenda que todos os rótulos de alimentos, cosméticos e medicamentos sejam lidos minuciosamente antes da ingestão pelo alérgico ao leite. A médica listou alguns dos vários componentes que devem ser eliminados da alimentação na convivência com a APLV:
Leite (derivados, proteínas, sólidos, condensado, evaporado, desidratado, maltados, desnatado, semidesnatado, sem lactose);
Aromatizantes artificiais à base de manteiga/margarina;
Manteiga/margarina;
Caseína;
Caseinatos (de amônio, cálcio, magnésio, potássio ou sódio);
Hidrolisados (de caseína, proteínas do leite, soro, proteínas do soro);
Soro (isento de lactose, desmineralizado, de concentrado de proteínas);
Lactoalbumina, fosfato de lactoalbumina;
Lactoglobulina;
Queijo, cottage, nata;
Creme, cream cheese;
Pudim;
Iogurte;
Chocolate;
Creme Bavária.

Outro cuidado com rótulos é lembrado por Fernanda Amorim e diz respeito aos chamados leites de origem vegetal. “Essa nomenclatura veio da indústria alimentícia, mas o nome correto é extrato vegetal. Leite é um produto da glândula mamária, dessa forma, vegetais não são capazes de produzir leites”, explica a nutricionista.
Esses extratos vegetais, para que se tornem equivalentes ao leite de vaca, são acrescidos de vitaminas e minerais. Outros produtos que são vendidos como substitutos do leite de vaca são os de outros mamíferos, como cabra e búfala, mas, segundo a especialista, é possível que “alguns indivíduos que são portadores de APLV também desenvolvam alergia às suas proteínas”, já que são similares às da vaca.
Desse modo, é primordial que as substituições do leite de vaca em uma dieta restritiva sejam feitas somente com orientação médica.
Receitas deliciosas e permitidas aos alérgicos
Depois do diagnóstico e do início de um tratamento, com a adoção da dieta restritiva, o melhor caminho para garantir a saúde e a boa alimentação da pessoa alérgica é evitando produtos industrializados e se dedicando para cozinhar com os ingredientes mais recomendados.

A novidade dos hábitos de alimentação pode ser desesperadora. De

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